IOV – Organização Internacional de Folclore e Artes Populares
Menção Honrosa – Anastácia “A Rainha do Forró”
60 anos de História
Homenageada em Junho /2019
- Cantora e compositora, nascida em Recife. Despertou desde criança o interesse pela música, aos sete anos de idade já acompanhava um cantador de cocos no bairro Macaxeira, onde morava.
Em 1954 iniciou a carreira cantando na Rádio Jornal do Comércio no Recife. Inicialmente interpretava canções do sul do país, principalmente os sucessos de Celly Campello.
Autora de “Eu só quero um Xodó” e mais 200 composições feitas em parceria com o sanfoneiro Dominguinhos.
Anastácia não toca nenhum instrumento, mas, escreve letras e faz melodias bem como desenvolve temas a pedido de amigos. Alguns artistas famosos já cantaram canções de sua autoria.A canção “Eu só quero um xodó” segundo a própria Anastácia, foi regravada por 440 artistas em todo o mundo.
Anastácia se profissionalizou como cantora aos 14 anos . Trabalhou como atriz, comediante, vendedora e secretária, antes de se tornar uma grande compositora de forró reconhecida a nível nacional.
O livro “Eu sou Anastácia: histórias de uma rainha” não se trata apenas de uma cronologia por apresentar, de uma forma extremamente humana, as diversas faces de uma artista brasileira de peso em suas múltiplas competências artísticas e pessoais.
Portanto, a cantora ANASTÁCIA contribui para o campo de estudos da música popular brasileira e especialmente, o forró, trazendo o que é raro no panorama da música nacional ainda hoje: a atuação de mulheres compositoras e intérpretes que alcancem uma visibilidade artística (ainda mais aquelas oriundas da região Nordeste), assim como,também, para os estudos sobre raça e gênero, dentro do campo dos estudos feministas.
Anastácia como mulher, nordestina, cantora e compositora, é uma peça importante no cenário musical brasileiro, tendo nos agraciado com cerca de 600 belíssimas composições de forró, das quais 210 em parceria com Dominguinhos, que expressam da melhor maneira possível suas vivências e memórias afetivas como observamos, por exemplo, na letra da canção “Eu só quero um Xodó”:
Que falta eu sinto de um bem
Que falta me faz um xodó
Mas como eu não tenho ninguém
Eu levo a vida assim tão só…
Eu só quero um amor
Que acabe o meu sofrer
Um xodó prá mim
Do meu jeito assim
Que alegre o meu viver
- A festa da homenagem da IOV Brasil aconteceu na “Casa dos Artistas” da Rede Biroska comandada pela empresária da noite paulistana, Lilian Gonçalves.